Nunca Abandone Cedo: A Reviravolta de Emanuel Lasker e a Mentalidade dos Campeões

Nunca Abandone Cedo: A Reviravolta de Emanuel Lasker e a Mentalidade dos Campeões

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No xadrez, é comum ver jogadores abandonando partidas assim que se encontram em uma posição inferior. Mas será que essa é sempre a melhor decisão?

A história está repleta de exemplos onde grandes mestres recusaram-se a desistir e, por meio de resistência e criatividade, conseguiram reverter resultados quase impossíveis. Um desses exemplos brilhantes é uma partida disputada em 1894 entre Emanuel Lasker e Wilhelm Steinitz, que ilustra de maneira magistral a importância de lutar até o último lance. Confira a análise da partida:

Neste artigo, vamos explorar essa partida histórica e discutir por que nunca devemos abandonar cedo demais, além de trazer insights de psicologia do xadrez para manter o foco em momentos críticos.


A Partida: Lasker vs. Steinitz (1894)

A partida aconteceu durante o match pelo Campeonato Mundial de Xadrez de 1894, quando Lasker, um jovem desafiador, enfrentou o então campeão Wilhelm Steinitz. Na posição que analisamos no vídeo, Lasker estava claramente em desvantagem. Ele tinha dois peões a menos, e Steinitz parecia estar no controle. Mas, em vez de aceitar a derrota, Lasker complicou o jogo com lances agressivos e ameaçadores, forçando Steinitz a tomar decisões difíceis.

Ele começou a avançar seus peões na ala do rei, sacrificando material para abrir linhas contra o monarca adversário. Movimentos como g6 e h4 foram jogados com o objetivo de criar confusão e forçar erros. O resultado? A pressão psicológica fez efeito, e Steinitz começou a cometer imprecisões, permitindo que Lasker assumisse o controle e revertesse a situação.

Essa partida não é apenas um exemplo de técnica tática, mas também um manual de resiliência no xadrez.


A Psicologia do Xadrez: Por Que Nunca Abandonar Cedo?

Abandonar cedo pode parecer uma decisão lógica, mas há razões psicológicas e estatísticas para continuar jogando, especialmente quando o oponente ainda tem dificuldades a resolver.

1. Erros Acontecem – Até com os Melhores

O próprio Garry Kasparov afirmou em diversas ocasiões que “o xadrez é um jogo de erros”. Mesmo os maiores enxadristas cometem falhas, especialmente sob pressão. Pesquisas em psicologia cognitiva sugerem que jogadores de xadrez podem cometer mais erros ao acreditarem estar em posição superior, pois entram em um estado de relaxamento mental que reduz sua vigilância tática.

Ou seja, se você continuar jogando, existe uma chance razoável de que seu adversário cometa um erro crítico.

2. Fadiga e Pressão do Relógio

Partidas longas cansam até mesmo os mais experientes. Estudos de psicologia cognitiva apontam que, após duas horas de concentração intensa, o cérebro humano experimenta queda na capacidade de cálculo. Se o oponente estiver jogando sob pressão de tempo, a probabilidade de cometer erros aumenta drasticamente.

3. Jogadores Defensivos Incomodam os Oponentes

Existe um conceito na psicologia do esporte chamado "resistência psicológica". No xadrez, quando um jogador continua a se defender ativamente em uma posição perdida, seu oponente pode começar a duvidar das próprias avaliações e hesitar em dar o golpe final. Isso pode resultar em imprecisões ou até mesmo em colapsos completos.


Estratégias Práticas Para Jogar Posições Inferiores

Se você se encontrar em uma posição difícil, tente as seguintes abordagens:

  1. Crie contra-ameaças – Assim como Lasker fez com os avanços na ala do rei, tente forçar o adversário a responder a seus lances em vez de simplesmente executar seu plano.
  2. Evite trocas excessivas – Quanto mais peças no tabuleiro, maior a chance de seu oponente cometer um erro.
  3. Provoque complicações – Jogue ativamente e busque desequilibrar a posição.
  4. Gerencie o tempo – Se seu oponente está com pouco tempo no relógio, jogue rapidamente e coloque-o sob pressão.
  5. Mantenha uma mentalidade positiva – Um dos maiores erros é entrar no modo passivo. Se você acredita que pode reverter a situação, tem mais chances de encontrar boas jogadas.

O que separa jogadores comuns dos campeões é a forma como lidam com a adversidade. Lasker nos ensina que nunca devemos perder a esperança, mesmo quando a situação parece desesperadora. O xadrez não se trata apenas de cálculo e estratégia, mas também de psicologia e resistência mental.

Se você já se pegou abandonando partidas cedo demais, lembre-se desta lição de Lasker. O jogo só acaba quando o mate é dado ou quando você decide que não há mais luta a ser feita.

E da próxima vez que estiver em uma posição difícil, pergunte-se: “O que Lasker faria?”

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