Antigamente era melhor

Antigamente era melhor

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Antigamente, lá pelos séculos XVIII e XIX, o povo não queria saber de jogo técnico e frio não. O negócio era atacar feito um doido, sacrificar peça sem medo e meter pressão até o rei adversário pedir arrego. Era um tempo onde a estética valia mais do que a precisão. Tu perdia a partida, mas perdia bonito, com honra!

Os nomes grandes da época, tipo Adolf Anderssen, Paul Morphy e Mikhail Chigorin, eram artistas. Esses cabras faziam mágica no tabuleiro, com jogadas que hoje a engine chama de “inacurácia”, mas que deixavam o povo de queixo caído.


 Aí vieram as máquinas... ! Hoje em dia, se o cabra joga um lance ousado, o computador já grita: “-3.5”. Parece até que tá levando pisa. As engines tipo Stockfish, Lc Zero e companhia transformaram o jogo em ciência exata.

Agora os jogadores vivem com medo de errar. Fazem tudo calculadinho, movem peça como quem anda em campo minado. É bonito de ver, é... mas é frio, sem alma, sem aquele tempero que só o improviso tem. É como comparar forró pé de serra com música eletrônica: os dois são bons, mas só um faz o povo dançar de verdade.

Bobbyfisher, o Ùltimo romântico gold
Aí a gente chega nele: Bobby, o cabra mais invocado que já se sentou num tabuleiro. O bicho era bom mesmo. Jogava como uma máquina antes das máquinas, mas ainda tinha o espírito de artista. Era calculista, sim, mas também era ousado.

Em 1972, quando ele enfrentou o soviético Boris Spassky e venceu, foi como se o mundo todo tivesse parado pra assistir. Ele não só ganhou a partida, ele desafiou um sistema inteiro. Foi o sertanejo solitário que venceu um exército de elite.

E sabe o que é mais bonito? Fischer desprezava as engines. Oxe, ele mal queria saber de computador! Ele confiava na intuição, no estudo bruto, no talento natural. Era doido, era genial... era romântico. 
Hoje, o xadrez tá mais preciso, mais técnico e até mais acessível, mas perdeu uma coisa: a poesia. Aquele xadrez de café, de clube, de desafio olho no olho, sem análise posterior com engine pra julgar cada lance,Talvez nunca mais volte, mas dá pra manter aceso esse espírito. Estuda os clássicos, joga com ousadia de vez em quando, e lembra que xadrez também é arte, não só ciência,Uma das poucas formas de ainda se jogar "xadrez de verdade" é uma belezura criada pelo próprio Bobby Fischer que tenta resgatar essa magia perdida o Xadrez 960, também chamado de variante  Fisher. Esse modo é uma verdadeira lufada de vento no cangote de quem tá cansado da mesmice da teoria. A ideia é simples: embaralha a posição das peças da primeira fileira (respeitando umas regrinhas, claro) e pronto, cada partida vira um desafio novo. Não tem mais esse negócio de decorar abertura até a jogada 25. Aqui, o caba tem que pensar desde o começo, se virar nos 30 e confiar no instinto, igual no tempo do xadrez romântico. É uma forma arretada de botar o jogador pra se reinventar, e de quebra, deixa a engine doidinha sem referência teórica pra seguir. Fischer pode ter saído do tabuleiro da vida, mas deixou esse presente danado de bom pra nós.

Nesse Blog você vai ler um conteúdo meio diferenciado happy Mantenha a mente aberta chesspawn

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A Imagem Acima é Literalmente Eu.