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Rainha de Katwe mostra que xadrez é muito mais que tabuleiro, peças e jogadores

Rainha de Katwe mostra que xadrez é muito mais que tabuleiro, peças e jogadores

Aarao
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Se a vida é como uma partida de xadrez, Phiona Mutesi começou com muitas peças a menos. Nascida em Katwe, a maior favela de um dos países mais pobres do planeta, ela descobriu o xadrez aos 10 anos em um projeto social em seu país.

Antes de completar 18, se tornou mestra no esporte, inspirou um livro lançado em 2012 e o filme A Rainha de Katwe, que acaba de chegar aos cinemas brasileiros e traz Madina Nalwanga no papel da protagonista e Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por 12 Anos de Escravidão, como Nakku Harriet, mãe de Phiona Mutesi.

Dirigido por Mira Nair, que montou uma equipe para dar aulas de atuação a moradores locais, o filme chama a atenção pela autenticidade. “Acho que o cinema deve capturar a verdade”, disse a diretora ao espnW norte-americano. “Filmamos nas ruas reais, a verdadeira igreja onde Robert Katende (professor de xadrez de Phiona, interpretado por David Oyelowo) ensinava. A comunidade é um personagem do filme”, afirmou.

Nair também destaca a transformação que o xadrez trouxa para a vida de Phiona. “Quero fazer as pessoas acreditarem que sonhos são possíveis e podem ser alcançados independentemente de quão pouco você tem”, afirmou. “Moldei a história como um acordeão, que se expande e então aperta, pois assim é a vida”.

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O início da trajetória de Phiona Mutesi é uma história de sobrevivência: nascida em 1996 em Katwe, a maior favela de Kampala, capital de Uganda, ela tinha grandes chances de engrossar as alarmantes taxas de mortalidade infantil do país. Seu pai morreu de AIDS quando ela tinha três anos, e sua irmã mais faleceu pouco depois, de causas desconhecidas. Sua própria vida não tinha muitas esperanças até que por volta de dez, ainda analfabeta, descobriu o xadrez.

Nascida em 1996, Mutesi precisou de apenas quatro anos no esporte para chegar à sua primeira Olimpídada de Xadrez, em 2010. Em 2012, com apenas 16 anos de idade, tornou-se Woman Candidate Master (WCM), primeiro passo para se tornar Grande Mestra Enxadrista. Foi o suficiente para chamar a atenção do jornalista Tim Crothers, que escreveu o livro The Queen of Katwe: A Story of Life, Chess, and One Extraordinary Girl’s Dream of Becoming a Grandmaster, cujos direitos de adaptação para o cinema foram adquiridos pela Disney no mesmo ano.

Enquanto Mutesi seguia na sua jornada até se tornar Grande Mestra do Xadrez antes dos 20 anos de idade, a produção do filme seguia a todo vapor.

 

Fonte: EspnW

Link's: http://espnw.espn.uol.com.br/a-rainha-de-katwe-mostra-que-xadrez-e-muito-mais-que-tabuleiro-pecas-e-jogadores/

http://espnw.espn.uol.com.br/de-analfabeta-em-uganda-a-mestra-do-xadrez-a-incrivel-historia-de-phiona-mutesi-virou-filme/